Depois de receber denúncias de precariedade em atendimentos e infra-estrutura, nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS II e CAPS AD), e visitar um deles, o vereador Eduardo Zanatta (PT) protocolou dois pedidos de informação para a prefeitura se manifestar sobre o que está acontecendo nestes locais.
Os Centros atendem pessoas com transtornos mentais graves e com problemas relacionados ao uso de álcool e drogas.
As denúncias indicam falhas no atendimento de urgências e emergências em saúde mental, com pacientes muitas vezes desassistidos. Além disso, a infraestrutura é inadequada, com instalações precárias e transporte insuficiente para usuários e funcionários, dificultando atividades importantes como visitas domiciliares e aplicação de medicamentos.
“A Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) em nosso município está enfrentando problemas sérios. Precisamos entender como estão sendo utilizados os recursos do governo federal destinados ao CAPS II (R$ 42 mil/mensais) que atende pessoas com problemas mentais graves e persistentes, e ao CAPS AD (R$ 50 mil/mês), que foca em indivíduos com dificuldades relacionadas ao uso de álcool e outras drogas”, disse o vereador.
“Estamos falando de recursos destinados pelo governo federal, mas que não estão sendo traduzidos em melhorias para o atendimento. Protocolamos esses pedidos de informação para exigir transparência e saber como o município está utilizando esse dinheiro e qual é o planejamento para esta área em Balneário Camboriú”, declarou.
Zanatta levou o assunto à tribuna legislativa, dizendo tratar-se de um sucateamento da estrutura, e afirmou que as condições no CAPS II e CAPS AD não garantem a assistência adequada aos pacientes.
Além das questões estruturais, os relatos incluem a falta de transporte para usuários e profissionais, o que dificulta o acesso aos serviços e a continuidade dos tratamentos. A falta de médicos especializados, deslocados de forma improvisada de outras áreas, é outra questão que agrava a situação.
Para o vereador, a saúde deve ser uma prioridade.
“O sistema público de saúde precisa garantir um atendimento digno e humano, que responda às necessidades da nossa comunidade. Esses serviços não podem ser negligenciados”, finaliza.