A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Saneamento avançou em suas oitivas nesta segunda-feira (18), com os depoimentos do ex-gerente de operações da Emasa, Ricardo Barbieri, e o atual diretor-geral da autarquia, Alexandre Motta.
Ricardo Barbieri relatou que não participou das decisões sobre a troca da obra da geomembrana, e que estas eram decisões exclusivas dos ex-diretores, Sérgio Juk e Douglas Beber [que ainda serão ouvidos pelas oitivas].
“Não fui convidado para as reuniões que definiram a obra na lagoa. O que solicitamos foi a troca do gradeamento (processo inicial da ETE) e foi negado pela diretoria”, declarou.
Ele também afirmou que houve um pedido dele e de outros funcionários ao prefeito Fabrício Oliveira para a saída do ex-diretor técnico, Sérgio Juk, devido a discordâncias sobre sua gestão.
O atual diretor geral da Emasa, Alexandre Motta, esclareceu a situação da empresa Submar, responsável pela obra da lagoa de aeração que não deu certo.
“A Submar ainda não foi penalizada, pois o processo está em fase de recurso. No entanto, a comissão já decidiu pela aplicação de multa e pela devolução do valor à Emasa”, explicou.
Ao ser questionado sobre o mau cheiro que ainda afeta a população, conforme relatos frequentes principalmente dos moradores dos bairros da região Sul, como Barra e Nova Esperança, Motta destacou que o problema está relacionado ao decantador 2, que se encontra entupido de lodo.
“Já contratamos uma solução para resolver essa situação”, afirmou.
Próximas oitivas
A próxima reunião da CPI está marcada para segunda-feira (25), com os depoimentos de Carlos Haacke, ex-diretor geral da Emasa, e Caio Cardinali, analista químico da autarquia.
Após, faltarão apenas os dois últimos convocados, considerados peças fundamentais na investigação, os ex-diretores Sérgio Juk e Douglas Beber.