Foi definido na reunião desta quinta-feira (31) que as oitivas da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a situação da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) de Balneário Camboriú começam na próxima semana, dia 7, às 14h, com o depoimento do engenheiro ambiental do Instituto de Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA), Wagner Cleyton Fonseca.
Há mais outras três oitivas que podem acontecer, caso as pessoas que serão ouvidas tenham agenda – a bióloga Aline Petris, que tem uma pesquisa relevante sobre a qualidade da água do mar na cidade e esteve com Lucas Gotardo em uma fiscalização no Rio Camboriú, Carlos Haacke (ex-diretor-geral da Emasa) e Vinicius de Castro Oliveira (ex-gerente de expansão da Emasa) – os dois ocupavam os cargos antes da situação caótica acontecer na ETE.
O vereador proponente da CPI da Emasa, André Meirinho, explicou que a entrevista de Wagner é fundamental para ‘startar’ as oitivas porque o engenheiro foi responsável pelo relatório que apontou a situação “catastrófica” da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE).
“O Wagner fez a denúncia do início de tudo. Em 2023 eu, o vereador Lucas e a vereadora Juliana Pavan estivemos no IMA após o pedido de abertura da CPI, para poder ouvir a análise dele sobre a ETE, que estava em situação catastrófica. É o início de tudo a fala dele, porque a análise dele demonstrou que havia pouco caso, má gestão, pois antes a ETE funcionava e depois parou. É fundamental ter a fala dele destacando o que ele encontrou e observou nas fiscalizações, que fique registrado na CPI e seja a base de tudo. O IMA é um órgão independente, que fiscalizou e viu a má gestão que vinha ocorrendo na Emasa”, explicou.
Meirinho comentou que quando começou a situação caótica na ETE da Emasa o diretor era Douglas Beber, que também será ouvido.
“Como serão as oitivas quem vai determinar é o presidente (Anderson Santos), mas a ideia é que os convidados respondam diretamente as perguntas feitas pelos vereadores membros da CPI, e vale lembrar que é aberto ao público. Esperamos que as oitivas sejam feitas o quanto antes, para que a gente possa ter a entrega dos resultados o quantos antes para a população. Temos que finalizar neste ano. O ideal seria termos mais tempo, mas de qualquer forma vai encerrar o prazo dos 180 dias e o mandato”, disse.