Uma audiência pública para debater a situação dos Centros Educacionais Municipais (CEMs) da cidade está marcada para a próxima quinta-feira (21), às 18h30, na Câmara de Vereadores de Balneário Camboriú. A reunião, aberta a toda a comunidade, é organizada pela Comissão de Educação e Cultura, Saúde e Assistência Social (CECSAS) do Legislativo.
Presidida pelo vereador Eduardo Zanatta, com a participação das vereadoras Juliana Pavan e Dani Serpa, a Comissão iniciou seus trabalhos em fevereiro/2023, quando foi estipulado que a prioridade seria visitar todas as escolas municipais de Balneário Camboriú para identificar demandas e buscar melhorias para o ambiente escolar – e assim foi feito.
Todos os CEMs foram visitados ao longo do último ano
“Produzimos um relatório padrão de avaliação e a ideia é que, para além disso, possamos apresentar para a comunidade e também que a gente escute pais, mães, professores e servidores, para que a audiência sirva para fomentar o trabalho da Comissão para 2024, porque a melhor forma de a gente poder atuar enquanto Comissão de Educação é justamente atendendendo a comunidade”, explica o presidente Zanatta.
O vereador aponta que não há ninguém melhor do que quem vive o dia a dia das escolas para falar das prioridades, para que assim a Comissão possa construir um plano de trabalho ainda mais assertivo para 2024.
A expectativa de Zanatta, Juliana e Dani é ouvir na audiência pública as demandas atuais da comunidade escolar, tanto dos CEMs quanto dos Núcleos de Educação Infantil (NEIs).
“Deveria ser um esforço de qualquer gestor público – quando fazemos política pública e discutimos com a comunidade, podemos colocar esforços para o que realmente importa, pois política não se faz somente dentro de gabinete e sim discutindo com a comunidade”, destaca.
Problemas estruturais foram percebidos
Nas visitas, os membros da Comissão conversaram com a comunidade escolar, que os ajuda no processo de fiscalização e da melhora da educação pública, e, como informa o vereador, quem ganha com isso são os alunos.
“Alguns CEMs visitamos antes das reformas que foram feitas em 2023. Percebemos nas visitas que algumas escolas tinham problemas sérios no telhado, mas que havia previsão de fazer obra, tanto nas estruturas das escolas como nos ginásios, que foram reformados – como o CEM Presidente Médici – porém, visitamos o Médici pós-reforma, e verificamos que mesmo depois da reforma ainda havia problema de infiltração. Fomos lá em fevereiro deste ano. Há outros locais que sabemos que os problemas continuam, um deles é o CEM Antônio Lúcio, onde iremos na segunda-feira (18)”, acrescenta.
Falta de materiais, como computadores, também
Outro ponto abordado pelo presidente da Comissão de Educação é a falta de estrutura para que os professores e servidores possam desempenhar um trabalho digno – o que significa ter materiais para poder dar as aulas.
“Uma das lutas é para que os estudantes tenham laboratório de informática. Estamos em 2024, na segunda década do século 21 e a grande maioria das escolas municipais não têm laboratório de informática. Visitamos escolas que não tem um único computador funcionando, como o CEM Iate Clube. A diretora nos disse que era o que mais lhe doía, porque os alunos não tinham computador em casa, que muitos só tinham o celular da família. Desde 2017 o CEM Iate Clube não tem um único computador funcionando e seguem sem computador”, finaliza.