O Sindicato dos Trabalhadores do Comércio Hoteleiro e Similares de Balneário Camboriú (Sechobar) está engajado na campanha de combate à violência contra a mulher e realiza neste mês de março diversas ações, como o início de uma campanha com bares e restaurantes e ainda recebe uma exposição fotográfica com mulheres vítimas de violência que conseguiram ‘quebrar o ciclo’.
Exposição Ser Mulher
Como parte das atividades do para celebrar o Dia Internacional da Mulher (sexta-feira, 8), estará no local a partir de segunda-feira (11), que fica na Rua 600, 711, no Centro de Balneário Camboriú, a exposição fotográfica ‘Ser Mulher – Viver sem violência é um direito de todas, não se cale’, da fotógrafa Nil Bernardo. A fotógrafa registrou mulheres de Balneário Camboriú que já sofreram violência e que compartilharam suas experiências sobre como foi para elas a saída deste ciclo.
A exposição já passou por lugares como a Câmara de Vereadores e a Udesc de Balneário Camboriú, ainda em agosto/2023, através da campanha Agosto Lilás, mês do ano dedicado à conscientização pelo fim da violência contra a mulher. Na ocasião, Nil conversou com o Página 3 e contou que o que a motivou a fazer a exposição foi o fato de que durante a pandemia, quando morava em Itajaí, em um prédio com muitos apartamentos, um homem tentou agredir a mulher, que revidou, usando uma faca para se defender.
“Isso me sensibilizou. Dentro da minha família havia ainda a questão de uma pessoa que não respeitava a mãe e a agredia. Eu fazia especialização em Fotografia e tinha que pensar em um projeto e pensei em sair da minha zona de conforto e retratar mulheres que foram vítimas de violência”, disse.
Nil encontrou-se com vítimas reais e as conversas com elas viraram um documentário. O diferencial é que as fotos foram clicadas durante esse momento de conversa, com fotos delas em casa e não em estúdio. A matéria completa pode ser lida aqui.
Campanha com bares e restaurantes
A presidente do Sechobar, Olga Ferreira, salienta que o sindicato busca iniciar uma campanha de conscientização sobre a violência contra a mulher que não tem prazo para acabar.
“Porque é um problema enraizado em nossa cultura machista, mas é um desafio em que a sociedade civil deve tomar parte, e o Sechobar quer contribuir para superarmos esse flagelo que nos envergonha enquanto sociedade”, diz.
O Sechobar fará distribuição de panfletos de divulgação da campanha no comércio local, principalmente em bares e restaurantes. O projeto também prevê outras ações, como a criação de “produtos-senha”, como pratos e drinks fictícios que servirão para fazer pedidos velados de ajuda.
“São ações iniciais de um projeto que esperamos que possa ser abraçado por outras entidades. Mudar a cultura de um povo não é possível via lei ou decreto, é preciso do envolvimento da sociedade como um todo”, acrescenta a presidente.
O Sindicato já abriu também dois canais de denúncia. Vítimas podem conversar com o Sechobar Abraça pelo número WhatsApp: (47) 99924 4321 ou enviar email para [email protected].