O Centro de Atendimento no Contraturno (CEAC) apresentará o espetáculo ‘Desfile Vida Marinha: Coleção em Cena’, no Teatro Municipal Bruno Nitz, na quarta-feira (28), a partir das 19h30. É uma produção coletiva do corpo docente e estudantes do CEAC.
A recém criada Cia de Teatro do Oficinas também está envolvida com a produção do espetáculo, considerado um manifesto sobre a vida. Com a exuberância dos mares e a diversidade da fauna marinha, um elenco formado por quase 100 artistas, entre alunos e profissionais da educação, apresentam ao público uma reflexão em poesia.
A coleção criada pelo artista figurinista Cezar Silveira entra em cena e forma personagens diferentes e interessantes.
O artista disse ao Página 3 que a ideia do espetáculo começou há dois anos, através de um pedido da então orientadora do CEAC, Lídia Ratke.
“Ela pediu que eu fizesse alguma coisa que contemplasse o calendário da Unesco. Me interessei pelo dia da vida marinha. Com o tema, fizemos um desfile na Passarela da Barra com essas roupas elaboradas, no final do ano. Agora o espetáculo será no Teatro Municipal”, contou César.
Ele disse que os figurinos são inspirados nas várias formas de vida marinha, lagostas, tartarugas, corais, as espumas do mar, peixinhos, o pescador (a) e outros.
“Procuramos abranger o máximo possível do Oficinas, porque a intenção é divulgar o projeto, a importância e a beleza desse projeto”, destacou o artista figurinista.
Além do fascinante mundo ‘marinho’, o espetáculo também vai abordar indiretamente a questão do lixo dos oceanos, da degradação dos rios, porque é impossível desvincular uma coisa da outra, disse o figurinista do espetáculo.
Ele contou que além da técnica de modelagem Moulage, que permite criar o modelo do vestuário diretamente sobre o manequim, ele utilizou técnicas de tingimento e uma delas ele utiliza pela primeira vez em suas produções: o tingimento shibori, uma técnica japonesa, de amarrações e franzidos que forma desenhos.
“Além de esculturas e pinturas, agora estou voltado à minha essência, produzindo arte em cima da vestimenta, essa casca que a gente usa, com a qual a gente se identifica e passa para os outros aquilo que somos”, finalizou César.