Imagine que uma pessoa que more perto da sua casa resolvesse estacionar uma bike dentro da sua propriedade, no seu jardim, sem lhe consultar.
E depois se sentisse à vontade para trazer as bikes da família toda.
E até começasse a alugar bicicletas usando seu jardim como depósito e espaço publicitário.
Seria muito estranho e daria muito o que falar na vizinhança. Pois é algo assim que me parece estar acontecendo na nossa cidade.
Me sinto constrangido cada vez que passo pelo nosso jardim comunitário, a orla da praia central, e noto, a cada pedalada diária, que tem uma empresa utilizando o espaço público, nossas calçadas, para estacionar e alugar (ou são de uso gratuito?) bicicletas com a logomarca do seu negócio próprio.
Fico me perguntando por onde anda aquela fiscalização da moralidade que a prefeitura inventou, no verão passado?
Ao fim não me parece justo que uma empresa tenha um direito que as outras não têm, de explorar o espaço público.
E ainda bem que as outras não tiveram a mesma ideia.
Imagine se os pequenos comerciantes de aluguel de bikes da cidade resolverem também deixar suas bikes espalhadas sobre nossas calçadas?
Imagine se outras construtoras também multiplicarem bikes e ciclomotores promocionais nas nossas já engarrafadas calçadas mal cuidadas?
Como diria meu filho: aff! Prefiro imaginar que o prefeito irá pôr ordem na casa.
Claudemir Casarin é psicólogo e reside em Balneário Camboriú