Nesta última semana, a situação da Polícia Científica/Instituto Médico Legal (IML) foi debatida na Câmara de Vereadores de Balneário Camboriú.
Em maio deste ano, o promotor de Justiça, Luís Eduardo Couto de Oliveira Souto, da Comarca de Balneário Camboriú, apontou as dificuldades que a unidade de Balneário (localizada na Rua Anitápolis, no Bairro dos Municípios) enfrenta, como na visita técnica que realizou, quando haviam 12 cadáveres alocados nas quatro gavetas (empilhados), além de um feto acondicionado na geladeira, por falta de espaço. O relato da situação que o promotor encontrou está publicado abaixo.
Ao todo, 20 municípios do Litoral Norte catarinense são atendidos pelo IML de Balneário Camboriú.
O vereador Alessandro Kuehne ‘Teco’ disse que ele e outros vereadores, como Nilson Probst, foram procurados pela perita criminal Julia Rehn, que relatou a situação que a Polícia Científica se encontra hoje e que precisam tomar uma atitude o quanto antes sobre o local.
Entre as demandas apresentadas, está a construção de uma nova sede do órgão, em algum terreno próximo à BR-101, com o objetivo de agilizar o atendimento dos 20 municípios assistidos.
“Isso já vem acontecendo há algum tempo, não nesse governo do Estado de agora, mas na gestão anterior, eles já estavam com essa dificuldade. Eu sei que a questão da doação do terreno para o município fazer para o Estado é complicada nesse momento, porém, teria como fazer uma sessão de uso”, disse o vereador.
Teco pontuou que a sessão de uso já ajudaria a Polícia Científica/IML, que é um órgão muito importante, instalado em Balneário Camboriú e onde eles gostariam de permanecer.
“Porém, devido a essa dificuldade, estão pensando até em ter que tirar daqui e quem perde é o município”, comentou o vereador.
A perita Julia afirmou ao jornal que estão ‘muito otimistas’ de que conseguirão sensibilizar o município e a Câmara para que disponibilizem uma área para construção da nova sede.
“Nossa estrutura tem mais de 30 anos e precisa de modernização/ampliação. Hoje não há crime que não tenha o trabalho da Polícia Científica diretamente envolvido; não há cidadão que não esteja sujeito a utilização de nossos serviços; e queremos e podemos construir uma estrutura que ofereça dignidade e excelência a todos. Só precisamos de um terreno adequado, visto que atendemos diretamente 20 municípios do entorno, que compõem as regiões de Balneário Camboriú, Itajaí e Brusque”, explicou.