Pergunta 1 – Habitação: Sucessivos candidatos e prefeitos prometem moradia popular, mas nenhum cumpriu a promessa porque morar no litoral, na maioria das cidades brasileiras, é caro. Qual sua “fórmula mágica”, também prometer o que não será cumprido; ou subsidiar moradias populares ou tem solução fora da realidade que quem regula preço de aluguel é o mercado?
Resposta – Prometer moradias populares é típico de políticos populistas, que mentem descaradamente. É impossível para prefeitos implementarem moradias populares em uma cidade que tem terrenos caros e subaproveitados nos bairros, com aproveitamento de térreo mais dois pavimentos, isso gera oferta baixa, seja para locação ou venda. O que eleva o preço, pela lei da oferta e demanda.
Para que tenhamos moradias com preço mais baixo devemos aumentar o aproveitamento dos terrenos nesses locais. Com o aumento da oferta, haverá a possibilidade de termos mais apartamentos para venda e locação. Por isso, é urgente a revisão do Plano Diretor, um dos compromissos que assumo enquanto candidato.
Subsidiar moradias é populismo barato, se o proponente estivesse realmente preocupado com essa classe, ele iria sim retirar a carga tributária dos insumos, os impostos sobre construção, o alvará de construção, as taxas de aprovação e a burocracia excessiva.
Vamos sim incentivar o uso do solo, aumentando os índices de aproveitamento, retirando as taxas e fazendo a aprovação imediata de obras.
A realidade é que todos gostaríamos de morar de frente para o mar em um prédio de luxo, mas isso é impossível porque temos a primeira regra da economia: recursos escassos devem ser limitados no seu uso pelo preço. Ou seja, o preço determina quem irá usar. Essa é a maneira mais justa já encontrada pela raça humana para eliminar conflitos. Se retirarmos o sistema de preços, a decisão de quem irá ocupar ficará nas mãos de quem tem poder e não nas mãos do livre mercado.
Quanto a subsidiar moradias: isso é impossível já que a PMBC não tem dinheiro nenhum e vive de empréstimos, hoje pagamos 50 milhões de reais por ano em juros e amortização. Como uma prefeitura deficitária iria fazer isso?
Pergunta 2 – Transporte – O atual governo vende como sucesso o que é um fracasso, o transporte coletivo gratuito, que atende a menos de 3% da população; com veículos que circulam vazios, em horários e linhas que não atendem a necessidade da maioria das pessoas. Algo feito sem qualquer estudo, puro marketing político. Qual sua proposta para isso?
Resposta – Essa é outra forma de populismo, dar de graça as coisas para dizer que está preocupado com os mais carentes, com a mobilidade e com a qualidade de vida. Isso nada mais é do que uma grande mentira.
Temos o transporte público gratuito mais caro do estado de SC. Se o prefeito de plantão estivesse preocupado com os mais carentes, por que ele não entrega os seguintes itens de graça para o povo: Água, Esgoto, Luz, Alvarás, Taxas e Tarifas?
Porque algo que não tem preço tem sua demanda infinita e não é valorizada. Isso faz parte da natureza humana, já explicada pelos filósofos gregos há 2.500 anos e até hoje não aprendido pelos seres humanos que se elegem prefeito, se a água fosse de graça a demanda não poderia ser dimensionada, o indivíduo não cuidaria do seu uso, o desperdício cresceria, e o sistema entraria em colapso.
O custo total previsto do sistema é de 15 milhões de reais por ano, R$ 41.000,00 por dia. O número mensal de transporte foi de 77.000, o que resulta em 2.566 transportes por dia. Mas como um passageiro pega o ônibus para ir e para voltar, temos que o número real de pessoas é de 1.283 pessoas por dia. Logo temos que cada passageiro custa para os cofres do município R$ 33,00 por dia.
Esse é um dos grandes ‘negócios’ hoje em BC. Não correr risco algum, receber por km rodado, fazer o trajeto mais longo, e não prestar contas para o passageiro, mas sem entregar o serviço na ponta com qualidade e eficiência, apenas pelo marketing.