A vereadora e pré-candidata a prefeita Juliana Pavan aproveitou a realização de um congresso de direita e extrema-direita, em Balneário Camboriú, no final de semana, para embarcar de maneira explicita no bolsonarismo.
Em algumas fotografias que circularam em redes sociais, Juliana aparece entre dois dos filhos de Jair Bolsonaro.
Em outras imagens, Juliana está rodeada de mulheres bolsonaristas como Cintia Chagas, Caroline de Toni, a ex-primeira dama Michelle e a extrema-direitista Júlia Zanatta.
O pai de Juliana, Leonel, pré-candidato a prefeito de Camboriú, passou pelo mesmo milagre metamorfósico e virou bolsonarista, comparecendo com a filha às palestras do congresso de direita e extrema-direita, que teve como co-patrocinadora a construtora Leone, que pertence à família Pavan.
Não custa lembrar que na primeira eleição de Pavan como prefeito, ele tinha como lema “A força do povo mudando a cidade” e seu vice era petista.
Como se sabe, Juliana nasceu num lar que tinha foto do Leonel Brizola na parede e viveu até a idade adulta convivendo com tucanos de centro-esquerda, a exemplo do seu pai, que chegou ao posto de governador representando o PSDB numa coligação com um partido à época de esquerda, o PMDB.
Fenômeno semelhante também atingiu o prefeito Fabrício de Oliveira, ex-Partido Verde, que disputou diversas eleições e trabalhou em cargos públicos dados pelo PSDB; que foi eleito prefeito de Balneário Camboriú pelo Partido Socialista Brasileiro (partido este aliado aos governos Lula e Dilma) e que agora se revela perdidamente apaixonado por Jair Bolsonaro.
Seu pupilo, o pré-candidato Peeter Lee Grando, igualmente metamorfoseou-se, pois construiu sua carreira no serviço público como cargo de confiança da prefeita Luzia Lourdes Coppi Mathias, centro-esquerdista tucana de carteirinha, aliada de Leonel Pavan e de outras destacadas figuras outrora emplumadas.
A democracia brasileira deve muito a um grupo de 23 deputados federais do MDB, que enfrentaram a ditadura militar no limite do possível, dentre eles um morador ilustre de Balneário Camboriú, Jaison Barreto, morto três anos atrás em seu apartamento no edifício Dona Rosinha.
Se vivo fosse, Jaison estaria atônito, provavelmente vomitando com esse carrossel de paixões que no fundo, no fundo, talvez revelem apenas oportunismo político.
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