D.D., de 49 anos, que matou a companheira Flávia de Paulo Carvalho, de 46 anos, em janeiro deste ano, na Rua Fermino Taveira Cruz, no Bairro da Barra, e ainda agrediu o filho da vítima, um adolescente, após este tentar defender a mãe, foi condenado a 29 anos, 9 meses e 10 dias de reclusão.
Na sentença proferida nesta semana ficou definido que D.D. cumprirá a pena em regime fechado, sem direito a recorrer em liberdade. O feminicídio foi o primeiro de 2024 em Balneário Camboriú.
Quando os policiais militares chegaram para atender o crime, em 20 de janeiro deste ano, encontraram muito sangue no chão da cozinha. O homem, que estava trancado no quarto, obedeceu a ordem da polícia e se entregou.
Ele confessou aos policiais que matou Flávia porque flagrou conversas dela com outro homem, no WhatsApp.
Ele alega que agrediu o filho da mulher, porque ele ‘se meteu no meio’. Flávia chegou a ser encaminhada ao Pronto Atendimento da Barra, mas não resistiu ao ferimento.
Antes do feminicídio que a vitimou, Flávia já havia sido agredida em pelo menos uma outra ocasião por D.D.. Os dois moravam até 2023 na zona rural de Pinhão, no Paraná, onde há um registro de medida protetiva solicitada por ela.
Ainda em janeiro, o Página 3 teve acesso ao boletim de ocorrência, datado de abril/2023, onde Flávia denunciou que o companheiro havia lhe ameaçado com um facão e a agredido na cabeça com um pedaço de pau, após discussão motivada por ‘questões familiares’.
Em Balneário Camboriú não houve, até antes do feminicídio, registro de ocorrência ou solicitação de medida protetiva envolvendo o homem e a vítima.
