O secretário de Segurança de Balneário Camboriú, Antônio Gabriel Castanheira Junior, informou ao Página 3 que o foco da Guarda Municipal da cidade vem sendo as ações de saturação, que acontecem tanto no Centro como também nos bairros. Apesar de realizarem muitas prisões, o secretário destaca que há o entrave na liberação dos presos, com muitos sendo reincidentes.
Castanheira explica que a GM vem ‘trabalhando bastante’ e que conseguiram resolver os problemas do Pontal Norte (onde houve um roubo violento em abril – relembre aqui), com ações de saturação que fizeram.
“É um modelo que está dando resultado, com muitas prisões. Seguimos com operações nos bairros também. Fazemos reuniões avaliativas para ver o aumento das ocorrências atendidas e estaticamente deu para ver mudança, sabemos pelos boletins que aumentaram prisões. Fazemos as ações por bairros, separamos furtos, roubos, tráfico… o que conseguimos solucionar e o que ainda não deu certo e não solucionamos. O que acontece com a gente é que fazemos parte de um sistema, nós prendemos, levamos a pessoa para a delegacia, se vai permanecer presa ou vai para a rua já depende da Polícia Civil, Ministério Público e Judiciário”, diz.
O secretário comenta que em alguns locais os guardas fazem o ostensivo (patrulhamento a pé), outros há blitzes e muitas abordagem.
“Não tem ação que seja padrão – por exemplo, no Pontal Norte o patrulhamento a pé tem resolvido para caramba. O ostensivo o tempo todo está ali e resolveu o problema que vinha incomodando há um bom tempo. No Calçadão também é ostensivo. Jogamos todo o efetivo para os bairros, abordamos, atrapalhamos a movimentação do tráfico de drogas, fazemos prisões de foragidos, e está dando resultado”, pontua.
Um local que exige atenção também é a Praia Central, onde Castanheira colocou UTVs (quadriciclos) fazendo rondas, com muitas abordagens – a tática é saturar, porque os traficantes, segundo ele, já aprenderam que devem ficar com pouca quantidade de droga para serem vistos como usuários e não tráfico.
“Eles só se movimentam para outro lugar, porque ficam com pouca quantidade de droga. O foco é não deixar ficar no local, se vão sair e ir para outro local, insistimos em cima, aí ficamos atentos e vamos atrás deles em um novo lugar. É um paliativo que encontramos para não usar o enxuga gelo”, completa.