“Ele acabou de atestar incompetência jurídica total, infringiu a lei e meus advogados vão conversar com os dele”, foi a resposta do empresário Glauco Piai, acusado na manhã desta segunda-feira, pelo prefeito Fabrício de Oliveira, de conspirar com Leonel Pavan para “comprar pesquisas políticas”.
O carro de Piai foi abordado pela Guarda Municipal de Balneário Camboriú, na semana passada, por “suspeita de envolvimento” em um suposto assalto em Brusque.
Na revista, os Guardas localizaram R$ 100 mil no interior do veículo e conduziram Piai à delegacia, onde alguém teria tentado caracterizar os fatos como crime eleitoral, mas o delegado não aceitou a argumentação e encaminhou o caso para investigações.
Portar dinheiro nacional não é crime no Brasil. “Se houvesse crime eu não estaria em casa com meu carro”, destacou Piai.
Nesta segunda-feira Fabrício, sem apresentar provas, usou redes sociais para atacar Leonel Pavan e Piai, o que sinaliza uma reta final de campanha eleitoral focada em acusações e não em propostas.
O Página 3 obteve cópia do Boletim da Guarda Municipal que diz o seguinte:
Que o comunicante na condição de Guarda Municipal, atuante na Comarca de Balneário Camboriú, relata que, nesta data, encontrando-se de serviço nesta data guarnição LC- 30, quando por meio de denuncia , uma feminina não identificada, teria abordado uma outra guarnição de área, aonde denunciou que um veículo modelo Land Rover de cor prata, de placa com iniciais MKG- sem mais dados, havia participado de um assalto e estaria se deslocando pela Avenida dos Estados ;
Que diante das informações recebidas, a guarnição passou a monitorar a via e rapidamente avistou o carro com as características da denunciante;
Que dado ordem de parada, o individuo condutor parou na pista de rolamento ;
Que primeiramente foi identificado como sendo GLAUCO PIAIA- CPF- xxx.xxx.xxx.xx;
Que fora realizada a abordagem padrão, em seguida revista pessoal, dentro dos padrões de segurança, considerando trata-se de via rápida de constante movimentação;
Que em abordagem veicular, localizado logo na porta do carona, volume de dinheiro, envolto em borracha de dinheiro, sem qualquer proteção;
Que o segundo volume estava em um envelope branco, dentro do porta luva;
Que a guarnição questionou o individuo sobre a quantia encontrada, o conduzido informou no primeiro momento que trabalhava para ” um grupo de São Paulo”;
Que houve contradição na explicação, motivo pelo qual a guarnição optou em conduzi-lo para explicações na Central de Plantão;
Que no percurso ate a delegacia, GLAUCO PIAIA- CPF- xxx.xxx.xxx.xx, na segunda versão informou a guarnição que é “Dono de construtora” e que o valor no interior do carro, seria para pagamento de funcionários;
Que GLAUCO PIAIA- CPF- xxx.xxx.xxx.xx, foi encaminhado para a unidade policial aparentemente ileso (…)
Que foi apresentado com os seguintes pertences: hum relógio de pulso marca Polar; uma chave veicular Fiat , um porta cartão de couro danificado, CNH vencida em 15/01/2024, hum cartão Nu Bank, hum cartão Visa, hum cartão Singular Visa, hum Pic Pay, hum cartão Neon /Visa, um cartão Ailos, hum cartão Visa /mercado pago, hum cartão Santander/elite, hum cartão Santander , hum cartão Art Viver -Condomínio e um funcional Fenaj- Jornalista em nome do conduzido, carro modelo Land Rover restou apreendida na unidade policial por determinação do Delegado Aderlan, carro no pátio da delegacia, chave entregue ao escrivão Gustavo e Delegado Aderlan;
um celular Realme- com hum chip vivo, sem cartão de memoria , com um case transparente e hum celular I Phone de cor azul, com case de plástico da mesma marca, (não foi possível abrir o aparelho, para evitar danos.
Que na unidade policial, a guarnição, com a equipe de plantão, juntamente com escrivão de policia Gustavo, contabilizou a quantia total de cem mil, valor conferido e apreendido pela autoridade policial;
Que o conduzido confirmou o valor de cem mil reais em espécie, em notas de cem reais.