O empresário Juan Frohn, 31 anos, sócio-proprietário da balada The Grand, localizada na Barra Sul de Balneário Camboriú e voltada ao público LGBTQIA+, foi agredido no fim da noite de quinta-feira (21), após sofrer homofobia por um vizinho, em frente à casa noturna, na Rua 4.500.
Juan expôs a situação em suas redes sociais e lamentou o ocorrido. Ele disse que já tem problemas com o vizinho há cerca de três anos. O morador reclama do som da balada, dos frequentadores e também já chamou a polícia.
“Ele fala que a gente faz algazarra. Tudo ele reclama. Ele já fez abaixo-assinado para tirar a The Grand dali. Eu já havia percebido há algum tempo que isso estava demais e de algum dia pra cá ele vem jogando lixo do imóvel dele na The Grand. Toda vez eu peço para tirar o lixo, e quinta-feira novamente tinha lixo jogado nas portas, nas laterais”, relatou.
O empresário disse que inclusive o vizinho chamou sua gerente de ‘débil mental’.
Após um tempo, o homem foi até a The Grand para falar com ele, onde uma breve discussão aconteceu.
O segurança da casa noturna tentou ajudar na situação, quando então o vizinho teria dito ‘não aguento mais viado’ e lhe deu um tapa. Juan afirmou que revidou com socos e ele e seu segurança correram atrás do homem, que tentou fugir – o empresário inclusive afirmou que impediu que o segurança agredisse mais o vizinho.
“Ele falou ‘eu sempre morei aqui e nunca me incomodei, faz quatro anos que eu me incomodo com essa balada de viados’, nesse ponto eu vi que não era só um problema de lixo, de vizinhos. Ele ofendeu outros homossexuais que estavam com a gente, funcionários e clientes. Queriam bater nele, e eu falei para pararem e que era entre eu e ele. Tentei até proteger, porque ele poderia começar a apanhar, e eu segurei porque não acho que agressão vá resolver os problemas”, relatou.
Ele acrescentou ainda que a mulher do vizinho teria aparecido com um pedaço de pau e que ainda outros clientes, após ele expor, relataram outros episódios de homofobia dos quais foram vítimas pelo homem que o agrediu.
Juan chamou a Polícia Militar e fez exame de corpo delito. Isso tudo ainda aconteceu nas vésperas do aniversário da The Grand, neste sábado (23) e ainda da Parada da Diversidade, que será domingo (24).
“Esse tipo de tratamento não pode ser normalizado, não foi algo normal e a motivação foi homofobia. São situações que, infelizmente, a gente passa. Eu revidei, me arrependo, mas quando a gente é agredido, a gente quer revidar. Quero resolver logo essa situação, porque não podemos normalizar essa situação em Balneário Camboriú. Estou expondo não por mim, mas pela causa. Em Balneário sofremos com a homofobia, tanto que a Parada precisou mudar da Avenida Atlântica para a Terceira Avenida”, completou.