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Balneário Camboriú foi alvo de operação contra grupo envolvido com plataformas de apostas esportivas

30/10/2024 | Clic, Polícia

A Polícia Federal realizou em Balneário Camboriú e outras cidades, nesta quarta-feira (30), a Operação Backyard, com o objetivo de desmantelar um grupo organizado, responsável pela movimentação de dinheiro para plataformas estrangeiras, em especial, plataformas de apostas esportivas. O grupo investigado movimentou cerca de R$ 1,6 bilhão em menos de três anos.

Segundo a PF, durante a ação, policiais cumpriram nove mandados de busca e apreensão, expedidos pela 1ª Vara da Justiça Federal em Itajaí, nas cidades de Itajaí, Balneário Camboriú e Navegantes em SC, e Olinda, em Pernambuco.

Além das buscas, a PF cumpriu ainda ordens judiciais de indisponibilidade de bens e de valores que podem atingir R$ 70 milhões, bem como ordens de bloqueio junto a exchanges de criptoativos em instituições de pagamentos.

Os valores indisponibilizados tendem a ser ainda maiores, pois essas instituições são comumente utilizadas para criar dificuldades na rastreabilidade de recursos.

(Foto Polícia Federal)

O grupo investigado mantém empresas do ramo de fornecimento de serviços de pagamentos no litoral de SC. Basicamente, essas empresas fornecem serviços de tecnologia de pagamentos para plataformas da internet.

Foi identificado que os investigados vêm prestando serviços de pagamentos para plataformas não autorizadas de apostas esportivas, bem como para o cometimento de golpes na internet.

O dinheiro era encaminhado de maneira informal ao exterior, via criptoativos, configurando o crime de evasão de divisas. Além disso, foram identificados fluxos financeiros dedicados à lavagem de dinheiro para terceiros, incluindo agentes públicos e suspeitos de envolvimento em tráfico de drogas.

As investigações demonstraram que boa parcela das empresas não mantém qualquer indicativo de efetivo funcionamento.

As suspeitas indicam que a maior parte das empresas identificadas em nome dos integrantes do grupo são de fachada ou holdings, que buscam blindar o patrimônio angariado com as atividades desenvolvidas.

Há indícios contundente que o grupo criminoso expandiu, nos últimos meses, sua atuação para o exterior, com a abertura de escritórios em países da América Latina e em Portugal.

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