Pergunta 1 – Habitação: Sucessivos candidatos e prefeitos prometem moradia popular, mas nenhum cumpriu a promessa porque morar no litoral, na maioria das cidades brasileiras, é caro. Qual sua “fórmula mágica”, também prometer o que não será cumprido; ou subsidiar moradias populares ou tem solução fora da realidade que quem regula preço de aluguel é o mercado?
Resposta – BC tem o metro quadrado mais caro do país, e é evidente que é o mercado que regula os preços, fazendo com o custo de vida seja alto, como é o caso dos valores de aluguéis. Por isso, o mais importante é fazer com que todos os serviços públicos oferecidos para a população sejam bons e de referência, como a educação, a saúde e o transporte coletivo, por exemplo, visando o menor comprometimento da renda das famílias.
Mas isso não impede de pensar em alternativas para a questão habitacional, pois “fórmula mágica” não existe, o que deve existir é gestão de verdade, responsável e transparente para tomar as melhores decisões e atender a população da melhor maneira possível.
É preciso rever o Plano Municipal de Habitação, pensando sempre de forma integrada e possíveis consórcios entre os municípios vizinhos, com um mapeamento correto e atualizado sobre o déficit quantitativo e qualitativo habitacional.
Cabem ações ativas de regulação por parte do Município, com possibilidade de parceria com iniciativa privada, sobretudo da construção civil, com aplicação de instrumentos de mitigação e compensação de impactos revertidos para moradia de interesse social, entre outras soluções que podem ser desenvolvidas em parceria com as universidades.
Pergunta 2 – Transporte – O atual governo vende como sucesso o que é um fracasso, o transporte coletivo gratuito, que atende a menos de 3% da população; com veículos que circulam vazios, em horários e linhas que não atendem a necessidade da maioria das pessoas. Algo feito sem qualquer estudo, puro marketing político. Qual sua proposta para isso?
Resposta – O transporte coletivo gratuito/subsidiado é muito importante para auxiliar nas soluções de mobilidade urbana, que é um grande desafio da cidade e da região metropolitana e que precisa ter soluções de verdade. Mas precisa ter eficiência, as pessoas devem ser incentivadas a utilizar o sistema, e isso não tem acontecido.
Os ônibus não podem ficar passeando pela cidade, precisam passar com maior frequência nos principais locais e ter conexão e integração com os municípios vizinhos, pois há grande circulação de pessoas que residem, trabalham, estudam e fazem suas atividades de lazer em diferentes locais. Assim, a viabilidade do sistema e maior utilização depende também dos consórcios intermunicipais.
E para viabilizar o sistema, há a possibilidade de receitas de patrocínios e naming rights (cessão onerosa do direito à denominação) de pontos de ônibus, linhas, bilhetagem eletrônica, envelopamento dos ônibus, área interna, etc, oportunidades essas que são possíveis em Balneário Camboriú pelas legislações de minha autoria enquanto vereador. Além de construção e manutenção de pontos de ônibus e terminais de integração pela adoção da iniciativa privada.
