Chamou a atenção de turistas e moradores de Balneário Camboriú, na quarta-feira (17), manchas alaranjadas na Praia de Laranjeiras e na manhã desta quinta-feira (18), na Praia Central também, a chamada “maré vermelha”
Diversas imagens foram registradas e geraram especulações sobre poluição, mas na realidade se trata de um mix de microalgas, com predominância da Noctiluca scintillans, que inclusive ‘brilha no escuro’. A mesma mancha foi percebida em outras regiões litorâneas, como Florianópolis.
Segundo a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) a mancha alaranjada vista na Praia de Laranjeiras, também foi percebida no mar na região da Baía Sul, em Florianópolis.
O Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA), coletou amostras da água contendo a mancha, analisou e concluiu que se trata de uma floração de microalgas com predominância do dinoflagelado Noctiluca scintillans.
As análises não indicaram anormalidades na água. As amostras foram encaminhadas para o Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), onde serão analisadas por microscopia para verificar a presença de microrganismos produtores de toxinas. Os resultados dessas análises estão previstos para sexta-feira (19).
A suspeita é de que o fenômeno tenha acontecido por conta do excesso de chuva no Rio Grande do Sul e correntes marítimas de inverno que trouxeram a água para o litoral catarinense.
No mix de espécies que se juntaram e formaram a mancha alaranjada, há algumas que se acumulam em ostras e mexilhões. Por isso, é aconselhável atenção para quem for consumir esses moluscos.
A CIDASC coletou amostras dos moluscos cultivados nas áreas afetadas para detectar a presença de ficotoxinas na carne dos moluscos. Estas amostras serão enviadas ao laboratório do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) para orientar a tomada de decisão sobre a suspensão ou não da retirada de moluscos das áreas amostradas.