A Parada da Diversidade que aconteceria neste domingo em Balneário Camboriú, foi cancelada por falta de apoio do prefeito Fabrício de Oliveira, que ao longo dos anos procurou dificultar de diversas formas a realização do evento.
Neste ano com a mudança de local, da Avenida Atlântica para a Terceira Avenida, a prefeitura não disponibilizou banheiros químicos ao longo do trajeto, o que levou ao cancelamento da Parada.
“Como vamos permanecer por horas em uma avenida, sem ao menos ter um banheiro químico para os participantes utilizarem? Vão acabar utilizando espaços inapropriados e na terça-feira teremos vereadores na sessão da Câmara, aliados do prefeito, fazendo críticas pesadas à nossa comunidade, assim como em outros anos. A melhor decisão nesse momento é cancelar a Parada da Diversidade para não criar constrangimento e a falta de estrutura mínima ao público que se programou para vir ao evento, inclusive de outras cidades”, afirmou a presidente da Associação da Parada da Diversidade de Balneário Camboriú, Damares Barreto.
Um evento deste porte, assim como acontece em outras centenas de cidades pelo país, aquece o comércio local e movimenta a economia. “É uma visão atrasada e que prejudica a cidade. A rede hoteleira deixa de faturar, assim como os restaurantes, os equipamentos turísticos, os supermercados, os vendedores ambulantes, as conveniências, enfim, a cidade que tem em seu DNA o turismo, perde como um todo. A gente precisa evoluir’’, destacou Damares.
A organização reforça que a prefeitura indeferiu a realização da Parada da Diversidade na Avenida Atlântica, por conta de um decreto do prefeito Fabrício Oliveira (PL) em 2019. A regra imposta por ele proíbe a interrupção parcial da pista de rolamento da Avenida Atlântica, para a realização de evento público ou privado, em qualquer trecho de sua extensão, autorizando a liberação somente aos domingos, no período compreendido entre 8h e 12h.
Contudo, neste domingo (24), dia em que ocorreria a Parada da Diversidade, a mesma via terá um trecho interditado para a gravação do filme “Descontrole”, fora do horário determinado pelo decreto do prefeito. “Afinal, o decreto do prefeito vale para quem, para quem ele quer?”, questionou Damares.
Na próxima semana a organização e os movimentos LGBTQIA+ envolvidos devem se reunir para definir uma nova data do evento.
