(Texto: Assessoria Comunicação) – Em pronunciamento no plenário da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, o deputado Dr. Vicente Caropreso (PSDB) manifestou, nesta quarta-feira, 9, sua preocupação com o comunicado da Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE), que suspendeu novas matrículas nas APAEs do estado. A medida gerou apreensão entre a comunidade, especialmente devido ao grande número de pessoas que aguardam por uma vaga em diversas instituições. Além das APAEs, a medida também atinge as AMAs (Associação Amigos dos Autistas) e outras entidades parceiras da Fundação.
Dr. Vicente informou que já discutiu a questão com a presidente da FCEE, Jeane Rauh Probst Leite, que aceitou o convite para participar da próxima reunião da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência. Na ocasião, ela deverá explicar os motivos da decisão de suspender temporariamente as matrículas de novos alunos. Segundo o deputado, a principal justificativa é o orçamento da pasta, que já estaria comprometido até o final do ano.
A previsão inicial de novas matrículas também foi superada. No ano passado, foram 600 novos alunos nas APAEs, mas, até agora, em 2024, as entidades já receberam 2 mil novas matrículas. “Santa Catarina tem atraído um grande número de novos moradores, o que aumenta a pressão sobre as demandas sociais”, avaliou Dr. Vicente.
Faltam profissionais
Além do comunicado da FCEE, Dr. Vicente explicou que as APAEs e AMAs enfrentam outras dificuldades para ampliar o atendimento. Entre elas, a escassez de profissionais especializados, como fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, psicólogos e neuropediatras.
“Faltam profissionais no mercado de trabalho, e as APAEs e AMAs têm dificuldade em competir com o setor privado na questão salarial”, ressaltou o deputado.
Ao final de seu pronunciamento, o deputado reforçou a importância de garantir os direitos das pessoas com deficiência e da responsabilidade compartilhada entre municípios, estado e União para enfrentar esse desafio.
“Essa é uma questão de inclusão, de saúde pública, e precisa ser tratada com a seriedade que merece. É preciso abrir o diálogo e discutir o financiamento das APAEs, AMAs e demais entidades voltadas à educação especial”, concluiu.