A grande novidade na eleição de outubro vem de São Paulo.
Chama-se Pablo Marçal.
Em muito pouco tempo saltou para a cabeça nas pesquisas.
Possui 600 milhões de visualizações nas redes sociais contra 80 milhões de todos os outros candidatos somados.
Neste ensaio não se discute as qualidades, defeitos ou planos do candidato, é apenas uma tentativa de entender o fenômeno.
A força de Marçal está nas redes sociais e talentos pessoais.
Erra feio quem hoje subestimar a força que as redes geram, contra ou a favor.
Marçal é filho das redes e dizem que pode ser a pessoa que mais entende de internet no país. Sabe usá-las muito bem.
Mas não é só isto.
Ele fala e age em 360 volts.
Diz que veio da pobreza, da periferia e virou empresário de grande sucesso com cerca de 20 empresas, até na China.
Pablo Marçal faz uma trajetória parecida com a de Lula no passado, tipo agressivo. Tem semelhança com Collor que ia acabar com a corrupção ou Jânio que ia varrê-la.
Tem certa semelhança com Bolsonaro em seu estilo agressivo e polêmico, turbinado pela ‘facada’ que acabou por elegê-lo.
Benefício semelhante e decisivo para a eleição também de Lula, com sua prisão.
Marçal é a novidade.
É jovem, pinta de artista. Fala bem, é espirituoso, raciocínio veloz, satírico, tem uma grande inteligência e um conhecimento gigantesco.
Por enquanto vem deixando a mídia. – qualquer mídia – estupefata e na poeira. Dono de uma verbalização múltipla, com incursões que vão desde religião, auto-ajuda, empreendedorismo, coach, gestão empresarial, riqueza, trabalho e filosofia.
Por enquanto está surfando numa onda boa, aumentando popularidade em todas as camadas sociais.
Desafiador, vai numa marcha acelerada e solo.
Esta marcha solo, já vista em outras ocasiões, funciona muito bem até certo ponto.
É vista pelo sistema, como uma coisa boa, desviando as atenções e servindo ao sistema, até aquele momento em que com justificativas ou sem justificativas é degolado.
Prevejo que Pablo Marçal será eleito prefeito de São Paulo no primeiro turno.
Será que vai assumir? Aí tenho dúvidas.
Em servindo para apaziguar ou enfraquecer algum outro lado, poderá assumir.
Logo ali na frente, ao tentar voos mais altos será defenestrado. Tanto pessoalmente quanto na parte empresarial será francamente perseguido e se não fizer algum ‘acordo’ estará morto para a política.
Também pode ser que em algum momento, talvez no ano que vem, ele mesmo jogue a toalha, porque o desgaste e stress pessoais são gigantescos e não se sabe até onde vai sua resistência.
Em 2 ou 3 anos passará para a história como o furacão, o fenômeno das eleições de 2024, e deu.
Mas que tá divertido, tá mesmo.
Assim…segue a saga …
Compartilhamento livre .
Hélvion Ribeiro é cirurgião dentista aposentado, reside em Balneário Camboriú e veraneia em Urubici