O último boletim da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE), divulgado no dia 12 deste mês, registrou 537.327 notificações de dengue em Santa Catarina desde o início do ano. Desses, 366.670 foram considerados casos prováveis, 101.668 foram inconclusivos e 170.657 foram descartados.
Também identificou no mesmo período 49.781 focos do mosquito Aedes aegypti em 254 (86,10%) municípios. Dos 295 municípios catarinenses, 172 (58,30%) são considerados infestados pelo vetor, Balneário Camboriú está entre eles.
Comparados com o mesmo período do ano 2023, observa-se um aumento de 165,28% no número de casos prováveis.
A DIVE divulgou também que em relação aos sorotipos circulantes no Estado, foram identificados os sorotipos DENV1 e DENV2, sendo que o DENV1 é o sorotipo predominante.
Até agosto, Santa Catarina registrou 329 óbitos por dengue dos quais 21 ainda estão em investigação.
Situação é grave e exige atenção
A diretora da Vigilância Ambiental de Balneário Camboriú, Veridiane Barbosa da Silva, disse ao Página 3 que a dengue continua sendo um problema crescente na cidade.
“Temos 7074 casos confirmados e nove mortes registradas até o momento. É importante que toda a comunidade esteja ciente da gravidade da situação e da necessidade urgente de intensificar as medidas de prevenção”, alertou.
O LIRAa (Levantamento de Índices Rápidos do Aedes aegypti), que será realizado de 9 a 18 de setembro, é uma importante ferramenta para medir o nível de infestação do mosquito transmissor da dengue na cidade.
Veridiane faz outro alerta, porque muitas pessoas relaxam os cuidados no inverno, porque não é a estação preferido do mosquito. Mas a prevenção deve acontecer também nos dias mais frios.
“Segundo a DIVE, os casos de dengue tendem a surgir mais cedo este ano, com previsões indicando registros já no começo de novembro, reforçando a necessidade de intensificarmos as ações preventivas antes que a situação se agrave ainda mais”, reforçou Veridiane.
Atualmente o programa de combate à dengue conta com 40 agentes em campo, equipe de fiscalização de obras, equipe de denúncia, seis supervisores de Campo e um supervisor geral. Eles fazem visitas a domicílios e comércios o ano todo, para orientar sobre os procedimentos de prevenção. Estão identificados, com uniforme e crachá.
“Contamos com a colaboração de cada morador para redobrar os cuidados, eliminando qualquer foco de água parada em suas residências e arredores. Ações simples, como verificar recipientes que possam acumular água, são essenciais para interromper o ciclo de vida do Aedes aegypti e proteger a saúde da nossa comunidade”, pediu a diretora.
Sintomas
Os principais sintomas da dengue são febre, cefaléia, mialgia (dor muscular), artralgia (dor nas articulações), dor de cabeça. Podem ocorrer, também, náuseas, vômitos e manchas vermelhas na pele. Em algumas pessoas, a doença pode evoluir para formas graves, apresentando manifestações hemorrágicas.