Alunos e professores do curso de Direito da Uniavan apresentaram esta semana, na Câmara de Vereadores, os primeiros resultados do projeto de extensão “Vozes Silenciadas”, sobre o combate à violência doméstica. A atividade teve apoio da Procuradoria Especial da Mulher da Câmara de Balneário Camboriú.
A pesquisa foi desenvolvida por alunos dos três primeiros períodos do curso para mapear os saberes da comunidade de Balneário Camboriú sobre a violência doméstica, através da aplicação de questionário online sobre o tema.
Foram apresentados os dados compilados das respostas ao questionário, a legislação que trata da proteção à mulher, informações sobre os órgãos de atendimento às vítimas de violência doméstica e índices de violência contra a mulher no Brasil, em Santa Catarina e em Balneário Camboriú.
A coordenadora do curso de Direito da Uniavan, Michelle Benedetti Teixeira disse que a partir do semestre que vem, sempre haverá uma nova turma responsável por esse projeto.
“Entre os objetivos, a sensibilização dos alunos e da comunidade sobre o tema, e a divulgação dos canais de ajuda às vítimas”, disse.
A procuradora especial da mulher do Legislativo, vereadora Juliana Pavan (PSD), participou da apresentação do projeto e parabenizou os alunos pela iniciativa e pelos indicadores apresentados na Câmara de Vereadores.
“Os números de violência doméstica e de pedidos de medidas protetivas solicitadas desde 2023 em Balneário Camboriú comprovam a triste realidade que acompanhamos diariamente: a cultura da violência contra a mulher precisa ser enfrentada com rigor em nossa cidade, porque ela existe e impacta negativamente em muitas famílias. Acredito inclusive que os dados podem ser ainda mais chocantes, pois infelizmente muitas mulheres têm medo de denunciar a violência doméstica que sofrem. Por isso, sigo defendendo a necessidade de os órgãos públicos envolvidos com a temática atuarem em conjunto, com conscientização, divulgação permanente dos canais de denúncia e suporte psicológico a estas mulheres. É uma luta de todas nós, pois quando uma mulher sofre violência ou agressão, todas sofrem”, afirmou Juliana.
Dados da Procuradoria da Mulher:
Feminicídios de 2023 até o atual momento: 2 consumados
- 2024: 128 Medidas protetivas ativas
- 2023: 424 ativas
- 2022: 75 ativas
De 2023 até o atual momento foram registrados e solicitados na Delegacia da mulher o total de 522 Medidas Protetivas.
No ano de 2023 foram registrados 632 casos de violência doméstica pela DPCAMI.
Os atendimentos da Procuradoria Especial da Mulher acontecem de forma presencial na Câmara de Vereadores, de segunda a sexta, das 13h às 19h, pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone e Whatsapp: (47) 3263-7677.