A nova sede da Associação dos Pacientes Renais de Balneário Camboriú (APAR BC) foi inaugurada recentemente e fica anexa à Fundação Pró-Rim, no Bairro dos Estados. A instituição atende, desde 2017, pacientes que possuem doenças renais crônicas e conta com apoio da sociedade para seguir atuando em Balneário e região.
Atuação desde 2017
O presidente da APAR BC, Washington Eduardo Picarelli Nalerio, conta que a associação foi fundada em outubro de 2017 com pacientes que faziam hemodiálise na Pró Rim na época.
Nessa oportunidade, tinham um local, que era a sede na Rua 951, mas ficava muito distante. Através da paciente Fernanda Nunes Ignácio, que hoje ‘empresta’ seu nome para a sede, e faleceu em 2022, tinham a ideia de ter uma sede perto dos pacientes para poder interagir com eles.
“Muitas vezes o paciente, quando a gente visitava nas salas, ficava meio acanhado de repente de apresentar suas necessidades e falava ‘está tudo bem, está tudo bem’, sempre era assim. Então não sabíamos que era necessário uma área mais reservada para receber esses pacientes e poder conversar com eles. De fato aconteceu, essa sementinha ficou e de fato, atualmente conseguimos um terreno fértil para colocar essa sementinha, que é no empreendimento que tem no bloco 3, que era da Uniavan, e instalamos nossa sede, a associação”, conta.
A associação é uma organização não governamental, sem fins lucrativos, de cunho filantrópico, que trabalha em prol de todos os pacientes, não somente os associados.
Os associados têm algumas vantagens, mas o trabalho é para todos os pacientes.
“Em 2020, nós recebemos do município a nomeação de utilidade pública e em 2021 a nível do Estado, que o paciente renal crônico passou a ser considerado deficiente físico, que antigamente não tinha essa prerrogativa. E quando ficou certo que a Pró Rim viria para este prédio, consideramos uma boa oportunidade e conversamos com os empreendedores, que acharam interessante a causa e abriram um espaço para nós ficarmos perto dos nossos pacientes. Na realidade, a interação entre Pró Rim e a associação aconteceu através dos administradores aqui que nos acolheram”, acrescenta.
Como ajudar a APAR BC
Washington salienta que a existência da associação é de vital importância, porque é para ajuda mútua e faz diferença para o paciente saber que tem um lugar que o acolhe e que pode recorrer e a associação, que sempre vai tentar, de uma maneira ou outra, resolver o problema dele.
“Tem gente que tem condições financeiras melhores e podem ajudar outros, e tem um grupo que são hipossuficientes, de renda baixa. Entre os hipossuficientes são famílias de pai e mãe, dois filhos no mínimo, com uma renda familiar, às vezes, de um salário mínimo. Então a gente tem que estar de olho nessas pessoas e tentar ajudar também. E os de baixa renda que estão até dois, três salários mínimos e às vezes se encontram em uma situação especial, onde precisam ajuda em algum tipo de alimento, então a associação vem para ajudar, para colaborar, unir”, aponta.
Entre os outros auxílios que a APAR BC oferece estão encaminhamentos para octometria, revisão dentária, suporte advocatício (especialmente em casos de precisar de algum tipo de medicamento de altíssimo custo, etc.), e conforme haver necessidade do paciente, assim como suporte psicológico entre os próprios doentes renais crônicos, que como ninguém entendem o que cada um está passando.
“Com certeza, a comunidade é importante para nós concretizarmos todos os nossos objetivos. Somos uma entidade filantrópica, sem fins lucrativos, e até o presente momento, em sete anos, nunca recebemos verba municipal ou estadual para nossas atividades. Estamos procurando esse tipo de ajuda, mas não temos tido sucesso. Ano eleitoral já fica ruim também. Então vivemos de quê? Vivemos de doações, de colaborações. Qualquer pessoa que achar que a causa é justa pode colaborar com nossa associação através de dinheiro ou produtos como cestas básicas, roupas para doação, kit de higiene pessoal e até de limpeza para casa”, destaca.
A entidade também está em campanha para buscar convênio de fisioterapia e terapia ocupacional, porque há pessoas com fraqueza, deficiência respiratória, que precisam de suporte.
“Esperamos verba federal para adquirir equipamentos de fisioterapia, que é algo prioritário, e também tentar conscientizar a sociedade civil e governos a nos darem algum subsídio para conseguirmos operar e assistir nossos pacientes da forma que precisam, seja como tomografia específica, como da área da boca, que só tem particular. Queremos que a associação cresça, porque pode não resolver a vida dos pacientes, mas ajuda muito”, pontua.
Quem se interessar em ajudar como voluntário, também pode – mas não é algo que a associação precisa frequentemente, pois há diretoria formada por 10 pessoas.
“Mas quando a gente desenvolve ou cria uma atividade com algum fim ou para comemorar o Dia dos Pais, o Dia das Mães, o Natal ou a Páscoa, a gente faz atividade e a comunidade que, em grupos voluntários, pode ajudar. Além dessas situações, nós temos eventuais, podemos dizer, eventos beneficentes. Aí a participação em massa de todo mundo realmente ajuda. É disso que vem boa parte do sustento da associação”, completa.
A comunidade pode também colaborar através do PIX na Caixa Econômica Federal, que é o CNPJ 29-932-640-0001-11, que será destinado conforme necessidade da associação.