Nesta terça-feira (30) acontece um ato, no Centro Administrativo do Governo de Santa Catarina, em Florianópolis, com a participação de trabalhadores da educação que estão em greve no estado todo. A manifestação acontece após o governador Jorginho Mello afirmar que não pode ‘fazer tudo o que os sindicalistas pedem’.
A paralisação dos trabalhadores em educação chega ao sexto dia e tem aumento de adesão da categoria. A greve que começou no último dia 23, agora está com 40% do quadro do magistério paralisado – a nível estadual.
O governador Jorginho Mello se posicionou sobre a greve e anunciou que não atenderá às reivindicações da categoria e que passará a descontar o salário dos professores que não voltarem a trabalhar.
Ele afirmou que a mudança exigida pelos professores é ‘inviável’ e custaria R$ 4,6 bilhões aos cofres do estado.
“Em 2023, já tivemos vários avanços por iniciativa do governo, mas fazer tudo o que os sindicalistas pedem é impossível (…). A gente ultrapassaria os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal. Atender o sindicato é cometer um crime de improbidade administrativa. O estado estaria gastando mais do que é permitido por lei, e isso eu não vou fazer”, declarou em vídeo publicado nas redes sociais.
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação na Rede Pública de Ensino do Estado (Sinte/SC) informou, através de nota, que está ciente das ameaças que a categoria está sofrendo. O sindicato reforça que o direito de greve é constitucional. O movimento exige valorização dos trabalhadores da educação que estão sem reajuste salarial desde 2021.
“As mobilizações têm causado efeito e o governo sabe da força que o magistério tem. A greve segue crescendo e só será encerrada com proposta que atenda as reivindicações da categoria”, informou o Sinte/SC.